domingo, 22 de abril de 2012

Blog Ernani Carreira Guaíra-SP: Geração X Y Z Baby Boomers Guaira-SP

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domingo, 15 de abril de 2012

Em busca de tempo para escrever

Há quanto tempo não apareço por aqui?
A esperança que eu tenho é que muito em breve darei continuidade a este trabalho que e muito importante para mim. Quando eu terminar de escrever o meu Artigo : Uma empresa chamada escola , voltarei a editar o meu blog...Simplesmente M@ria, uma mulher que acima de tudo ama sua família e tem nos seus filhos e netos a única razão de viver.

domingo, 31 de julho de 2011

O amor floresceu em mim

São tantos os caminhos por onde passei...Quando Marcos completou um ano, ( sem bolo...) eu não aguentava mais a situação. Impossível ficar em SP e aconselhada pelo meu irmão e meu pai, retornei à Bahia. Meu filho estava lindo! Loirinho, gordinho e barrigudinho, já se tornara um baianinho fofo! O papai ficou em SP e nós fomos morar em M.do Morro na casa do tio Vado. Eu lecionava pela prefeitura nos 3 períodos e já podia comprar o necessário para o meu filho e com a ajuda do meu pai levávamos uma vida melhor. Meu marido havia prometido ir morar conosco e começar uma nova etapa...assim quem sabe teríamos uma família mais estruturada e normal. Estava muito ruim morar com o meu irmão. Ele me vigiava, não me permitia ter amizades com as minhas antigas amigas e nem que eu conversasse com pessoas do sexo masculino. Queria ter minha casa,mas não podia morar sozinha , pois mulher separada naquela época representava um perigo para as famílias, mesmo que ela fosse honrada.Consegui ficar 10 meses nesta cidade. Mesmo passando os fins de semana na fazenda e recebendo o carinho dos meus pais principalmente pela paixão que o Marcos despertou em meu pai e em todos da família. Ele era uma graça e todos o achavam lindo e queria segurá-lo. Era muito sapeca e corria pelas ruas de M. do Morro e todos o conheciam. Aprendeu com os garotos de lá a andar sem roupas...adorava ficar pelado!
Minha vida pessoal estava péssima, pois não estava casada nem solteira...Esperava pelo meu marido,mas ele não escrevia nem mandava ajuda para o filho. Uma só vez recebi dele um relógio de presente e uma pecinha de roupa para o menino e só.
No final das aulas fiquei desempregada porque era contratada até novembro quando as aulas se encerravam. Resolvi mandar uma carta para o meu marido para saber como ia ficar a nossa situação e imediatamente ele me respondeu que não viria morar naquele lugar e que era para eu voltar rápido, pois iríamos morar na cidade de Bauru no interior paulista e que nossa vida iria melhorar . Ele arrumou um emprego numa empresa nesta cidade e já havia alugado uma casa.
Fiquei esperançosa e arrumei minha mala e junto com o meu pequeno retornamos a SP.
Fizemos nossa mudança para Bauru e realmente a vida parecia mais calma. Tive algumas decepções pois durante este tempo em que fiquei fora ele não economizou nada e ainda estava devendo uma grana ao meu irmão que tomara emprestado não sei para o quê.Não mandou dinheiro para o filho, não arcou com minhas despesas de volta a SP e isso me deixou desconfiada.
O que importava na verdade para mim era ter um pouco de paz e criar meu filho com dignidade.
Procurei um médico logo ao chegar na cidade para orientar-me sobre o uso da pílula anticoncepcional, pois não queria mais me arriscar a ter outro filho devido ao meu problema de saúde. Recebi a receita para comprar o remédio,mas felizmente não foi preciso, pois fiquei grávida outra vez sem planejamento. O marido ficou logo desconfiado e até perguntou-me se eu não teria ficado grávida na Bahia...Foi um golpe! Mas quem não deve não teme e ainda pelos meus filhos...O jeito era engolir mais um dos muitos sapos...
Tive medo outra vez...será que eu seria capaz de dar à luz de novo? Agora já eram duas preocupações...
Na verdade aquela mudança significou muito em nossa vida. Havia harmonia em casa e meu marido se mostrava carinhoso com o Marcos e comigo apesar da dúvida sobre a gravidez...
Ainda meio ingênua eu procurava não guardar mágoas e aproveitar aquele momento de aparente paz.
A casa era boa e tinha um imenso quintal repleto de plantas frutíferas e muito terreno onde eu fiz muitos canteiros de hortaliças.
A gravidez foi calma embora tivesse adoecido algumas vezes,mas nada muito grave.
Nasceu meu outro amor.
Depois de passar por uma cesariana vi o rostinho dele! Era um menino também e moreno! Nasceu com 4quilos e trezentos gramas , medindo 52 cm. Enorme! Olhos verdes e cabelos pretos se pareceu logo com o pai. Minha mãe viera da Bahia para ficar comigo durante a dieta e desta vez foi tudo diferente. Fui e voltei do hospital de taxi e meu filho teve um enxoval digno e comprado à vista com o auxílio maternidade. Foi bom cuidar dos dois e Murilo foi o nome escolhido por Marcos. Ele adorava seu irmãozinho pequeno e foi um tempo feliz. Moramos em Bauru até 1976 quando mudamos para Diadema , devido a transferência do trabalho do pai.
Murilo foi um menino tranquilo e lindo! Quase não chorava e comia muito bem.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

sábado, 19 de junho de 2010

Quantas alegrias e quantas preocupações...HOJE SÓ ORGULHO DE SER MÃE!




Na verdade o meu filho me fez amadurecer e enfrentar o mundo pelo seu amor. Foi tudo muito difícil e nos primeiros dias após o nascimento dele eu já estava batendo à porta de qualquer lugar que me desse emprego. Encontrei obstáculos e pulei por cima de todos. Fui humilhada por empresários sem escrúpulos,mas continuei na busca do meu objetivo. como naquela época era difícil encontrar emprego em são Paulo. a maior barreira que tive foi a falta de experiência. Achava que sabia fazer tudo,mas na verdade não sabia fazer bem quase nada. Com um diploma de professora primária eu vim para SP com a esperança de buscar conhecimentos, fazer uma faculdade, ter um emprego bom, dar aulas no Estado,na prefeitura,etc. Era tudo ilusão. Fiz concursos, testes em escolas particulares, clubes e nem cheguei a ser chamada para saber o porquê do meu fracasso...
Um dia tive uma ideia e fui para os lados do Brás.Eu detestava aquela região,mas não tinha outra alternativa. Consegui uma vaga de vendedora numa loja de cama,mesa e banho na Rua Maria Marcolina.
E com quem eu deixaria o meu filho? Fui apresentada a uma senhora quase vizinha que olhava crianças. Ela também tinha uma filha de seis meses e o meu tinha apenas quarenta dias. Era um anjinho! Chorava a noite toda com cólica e o dia também. Só quando ele completou seis meses é que descobri que o choro dele era "fome", pois o leite que tomava não o saciava. Imaturidade!
Deixei meu filho com estranhos que o maltrataram e por um sub -emprego fui á luta para pagar o enxoval e comprar o leite do meu pequeno.
Tudo isso e muito mais...Foi uma luta até vê-lo hoje triunfante como profissional e principalmente como pessoa. Tenho dois netos lindos e orgulho de ser a mãe de Marcos.Valeu toda uma trajetória de altos e baixos para que hoje eu falasse um pouco do meu primeiro amor.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Vivendo um dia atrás do outro...







Não deixei de sonhar porque esperava meu filho nascer com muito amor.
Alguém já disse que “o homem não morre quando deixa de viver, e sim quando deixa de sonhar”. Se a vida não tivesse sonhadores tudo seria sem graça, não haveria motivos para se viver, pois a beleza da vida está no colorido dos sonhos, que nos falam de esperança, de perspectivas, de novos horizontes a serem visualizados, de uma estrada a ser percorrida.
Eu precisava acreditar e reforçar este sentimento, pois não queria morrer e nem deixar meus sonhos cairem por terra. Desde criança que meus sonhos eram avançados. Nasci numa fazenda e lá vivi até os 14 anos. Forcei meu pai a me levar dali para estudar na cidade . Demorou uns 4 anos até que o venci pelo cansaço. Foi o que de melhor tinha me acontecido. Fiquei em casa de amigos dos meus pais, fui humilhada por alguns e respeitada pela maioria. Fiz grande amizades e fui estudiosa e criativa. Aprendi a bordar, costurar, pintar e algumas técnicas de artesanato e na oitava série do Ensino Fundamental eu fui convidada para dar reforço escolar para os alunos da segunda série do Colégio Ana Neri em Jacobina, cidade onde estudei sete anos. O proprietário desta escola era meu professor de matemática . Gostava de mim pelo meu esforço e confiou esta tarefa que foi primordial para o meu aperfeiçoamento como professora. Quero agradecer aqui o meu mestre Prof. Lourival Santos.Ganhava uns trocados para complementar minhas despesas, nas férias ensinei meus irmãos a falarem corretamente, apesar deles não me perdoarem por estar na boa na cidade só estudando enquanto eles se matavam na roça...Isso me doía a consciência, pois eu me achava egoísta de pensar só em mim...Eu tinha certeza de que um dia eu os tiraria daquele lugar e que todos também teriam sua oportunidade.Chegou o dia da minha formatura e eu fiz um juramento a mim mesma que eu ia ajudar meu pai que estava degringolando na vida. Assim o tempo passou, muita coisa ruim e boa aconteceu. Meu pai começou a beber e gastar com mulheres, o dinheiro foi sumindo, o gado também, a roça já não produzia como antes e aí você já sabe desta história triste. Minha mãe sofria muito, meus irmãos foram se casando e saindo de casa, eu lecionando para 70 alunos no povoado sem receber o salário porque o prefeito municipal era caloteiro.( Odacir Costa Santos- 1969...é mentira????) Queria que ele visse o meu Blog rsrs... Ainda bem que no período da tarde eu dava aulas particulares e ganhava algum dinheiro. Dava um pouco para o pai fazer a feira,mas nem sempre era possível ajudá-lo como ele merecia. Resolvi vir para São Paulo, pois me desiludi por conta da política corrupta daquela época que infelizmente hoje está pior!
Minha gravidez estava no fim,mas eu pensava que ia ser em dezembro. Só que o meu menino chegou no dia 04 de novembro. Fiquei apavorada quando notei algo diferente...Chamei minha prima Ló e contei o que estava acontecendo. Ela imediatamente me levou de ônibus ao primeiro hospital" Maternidade de São Miguel" em São Miguel Paulista para que eu passasse pelo médico...Quem sabe eu já estaria em trabalho de parto... O médico deu uma olhada, fez algumas perguntas e falou:
- Seu filho vai nascer hoje! Vou fazer a guia de internação.
-Eu não quero ter meu filho neste hospital! Meu médico é do Hospital Cristo Rei e eu quero ir para lá.
- Você não pode mais sair daqui...Vai ficar internada agora! E fique sossegada que parto é tudo igual e hospital também.
Minha prima foi em casa buscar algumas coisas que eu e o bebe íamos precisar e eu fiquei sozinha naquele hospital que eu não conhecia. Que medo! Que ansiedade também de ver logo o meu filho!
Comecei a pensar na criança que ia chegar para ser minha companheira, meu amor pra sempre! Esqueci que o Dr. Jucá havia falado para eu ter cuidado que o meu coração tinha um bloqueio do ramo direito e que eu poderia ter complicações no parto...Fiquei numa enfermaria com mais 04 mulheres e cada uma gritava mais alto! A enfermeira brincava dizendo: na hora ninguém gritou assim... e ria na nossa cara. Eu me envolvi com as dores do parto, me esqueci do Dr. Jucá. Pensei como seria bom se a minha mãe estivesse ali segurando a minha mão , me encorajando...Se meu marido ao menos soubesse que eu estava no hospital...quem sabe ele se sensibilizaria e ia gostar de ver nosso filho nascer...Minha irmã sabia que eu estava no hospital e acho que pelo menos ela estava feliz para ver o sobrinho ou sobrinha...Fui corajosa, valente e determinada para ajudar o meu filho a nascer,mas não consegui ter um parto normal. Senti as primeiras dores ao meio dia do dia 03 de novembro e só ás 0:46 minutos do dia 04 os médicos conseguiram tirar meu filho com a ajuda de ferramentas as quais machucaram o meu bebê que veio ao mundo com 4,680 kg e medindo 48 cm. É menino! Gritou a enfermeira e eu vi quando o médico o virou de cabeça para baixo e deu a primeira das muitas palmadas que ele levou quando criança... rsrsrs.
Amei ver o rosto dele! Loiro, careca e gordinho! Senti neste momento que eu ainda teria muitas alegrias com o Marcos e que eu queria ser mãe mais vezes. Ninguém avalia o sentimento de uma mãe pegar no colo o seu filho pela primeira vez!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Quando me dei conta...




Em casa mais calma , abracei a minha barriga, fiz um carinho no meu filho e caí na realidade! Não tinha um parente para eu poder desabafar daquela loucura que estava vivendo. Era tarde e eu ainda não tinha comido nada .Meu filho precisava de alimento e na cozinha só tinha feijão e óleo. Nem uma bolacha, pão...nada! Eu não sentia vontade de comer feijão com óleo...Lembrei-me da dona Luiza, minha vizinha que desde que eu me casei ela tinha se mostrado me querer muito bem. Fui conversar com ela e seu marido que eram pessoas evangélicas e tinham sempre uma palavra sobre Deus, amor e paz para passar para mim. Eu não gostava muito de gente crente quando me convidavam para assistir aos cultos e no meio da oração gritavam: "Aceita Jesus em seu coração???? e juntavam em volta de mim orando como se eu estivesse com o cão no corpo...Mas aquele casal era diferente. Nunca me convidaram para visitar sua igreja nem insistia para eu participar das reuniões com o pastor que se fazia presente naquele lar uma vez por semana. Relatei meu infortúnio aos dois que ficaram sensibilizados pela minha solidão. Aconselharam para eu ir ficar com meus pais na Bahia,mas eu logo respondi que isso eu não podia fazer pelo preconceito do meu pai e a falta de aceitação dos meus familiares. Ninguém iria entender...Naquela época uma moça ficar grávida antes do casamento não tinha perdão...Meu casamento já estava abalado, pois o meu marido ficava fora por muito tempo e não dava notícias. Pagava o aluguel da casa, mas reclamava que em nossa casa morava muita gente. Meus irmãos foram os primeiro a virem morar conosco e com certeza foi o começo da da minha má convivência com meu marido. Ele parecia que não tinha se casado. Comportava-se como se fosse ainda solteiro. Eu era muito boba para entender,mas não dava para disfarçar. Estava tudo errado. Aceitei me casar mais para ajudar os meus irmãos que ganhavam pouco e moravam numa pensão que não tinha um atendimento adequado.Brigávamos muito e no auge das discussões ele sempre dizia que a criança não era filho dele e isto me feria, me humilhava ...
Resolvemos comprar uma casinha no Jardim Romano- Itaim Paulista, um lugar pantanoso onde teríamos que usar por dia dois sapatos: um para chegar até o asfalto e outro para irmos ao trabalho. Fizesse sol ou chuva o lamaçal estava ali.
Fomos ver o local e eu até me empolguei, pois pagar aluguel eu tinha certeza que não ia dar mais.Mudamos na mesma semana. O meu marido estava cada vez mais afastado de mim. Já não me via como mulher, nem mesmo como companheira . Eu estava magra e minha barriguinha de grávida mal aparecia .Arrumei serviço de vendedora na Jorgete, uma loja de eletrodomomésticos que colocava gente na rua para vender de porta emporta. No primeiro dia fomos para Americanópolis, bairro entre a Vila Fakini e a Divisa de Diadema. O terreno acidentado dificultava para andar depressa e chegar ás casas no alto do morro. Eu grávida de 05 meses já me sentia fraca,mas eu corria atrás de clientes. Na primeira semana não vendi nada e o japonês que era nosso chefe, não dava estímulo, só bronca! No nono dia eu vendi uma geladeira em Americanópolis e foi o sonho realizado! A glória de ganhar 15% de um objeto vendido me deixava feliz. Sabia que mesmo com dificuldades eu iria vencer e ganhar dinheiro para comprar o enxovalzinho do meu filho...Um berço de plástico com aquelas redinhas....era tudo que sonhava...ver meu filho espetando os pezinhos naqueles buracos da rede e sorrindo pra mim. A empolgação tomou conta de mim!Pelo menos já não pensava tanto na doença e levantava bem cedo para pegar a pirua no asfalato até
Itaim Paulista e pegar o trem e ir até o destino do dia. Conheci tantas pessoas que me aconselhavam a ficar em casa cuidando da minha gravidez, depois que eu contava que tinha doença de Chagas. As pessoas não entendiam muito de tripanossama cruzi,mas sabiam que a doença matava. Procuravam me animar e na verdade eu estava mesmo mais alegre. Um dia andando pela Av. Celso Garcia entrei numa loja de roupas infantis e o vendedor me seduziu. Ofereceu todas as condições que eu não tinha para me vender o enxoval...queria comprar,mas precisava de um fiador. Lembrei do Sr. Antonio, meu primeiro vizinho e criei coragem e fui falar com ele. O homem não se interessou muito,mas atendendo aos apelos da mulher, resolveu assinar a ficha. Eu agradeci e saí mais feliz que uma criança! Comprei o que era prioridade:fraldas, cobertores, meias, roupinhas, utensílios , alguns sapatinhos e um berço. Cheguei em casa lavei tudo, passei cheirinho de nenen e guardei. Queria mostrar ao marido,mas não tive coragem. Juro que me arrependi, pois já não tinha certeza de poder pagar aquela prestação alta por mês.O marido foi categórico quando eu havia falado em comprar o berço dizendo: não conte comigo. A sintonia entre eu e o bebê já era incrível: Cada vez que lhe fazia um carinho ele respondia com um chute.
Continuei trabalhando na Jorgete e para complementar minhas pequenas despesas, peguei um catálogo do Avon e outro da Daya. Vendia pouco, pois não tinha muito jeito em abordar ás clientes. Os meses passavam rápido demais e as prestações do berço venciam e eu já não dava mais conta de trabalhar mais, mesmo porque estava meio cansada, pernas inchadas e alguns problemas de saúde já apareciam para impulsionar o medo de morrer antes do nascimento do meu filho. Nunca me senti tão sozinha! Com dívidas a minha doença que era mais psicológico, piorava a cada dia. Perdendo peso comecei a ter dificuldades para encarar a gravidez porque a tristeza me fazia companhia o tempo todo.Cheguei a pesar no oitavo mês de gravidez 50 quilos.
Com a falta de experiência, longe da família e sem a compreensão do marido, minha primeira gravidez não teve aquele sentido de família que eu esperava, mas o amor ao meu filho era cada vez maior! Me deliciava nos momentos de lucidez com a expectativa de vê-lo(a) chegar ao mundo!Fui protestada por não honrar o pagamento de 03 prestações do enxoval .Pior é que o meu antigo vizinho recebera uma carta de cobrança por ter sido meu avalista...Fiquei pior ainda,mas continuava tentando vender mais. Que vergonha! Se meu pai soubesse, me renegaria! E meu marido então? Nunca concordou que eu comprasse nada a prazo. Tive receio de falar com meu irmão e apelei para um primo que frequentava nossa casa aos domingos, pois era solteiro e sentia falta da família. Paguei a loja e fiquei devendo para o primo...Mas achava que quando o meu filho nascesse logo eu estaria trabalhando...
Por todo o medo que tive de não poder criar meu filho, ou mesmo de não poder dar a luz aquele pequenino que morava no meu útero, ainda me sobrava momentos em que eu saia do pesadelo para desprender todo o meu amor por ser mãe. No fundo sabia que eu superaria tudo e ia ter meu filho com muita saúde. Fui rejeitada pelo marido pois ele tinha medo de contrair a doença de Chagas,mais por falta de informação do que por maldade. Nem eu que já tinha me formado professora do Ensino Fundamental, tinha as informações corretas sobre os danos que poderiam ser causados pelo "Tripanossamacruzi" que infectava o barbeiro, seu hospedeiro natural.
Para deixar mais claro,hoje pesquisei alguns tópicos importantes :


Barbeiro: vetor da doença de Chagas

Em 1909, Carlos Chagas, pesquisador do Instituto Osvaldo Cruz, descobriu uma doença infecciosa que acometia operários do interior de Minas Gerais. Esta, causada pelo protozoário Tripanosoma cruzi, é conhecida como doença de Chagas, em homenagem a quem a descreveu pela primeira vez.

O mal de Chagas, como também é chamado, é transmitido, principalmente, por um inseto da subfamília Triatominae, conhecido popularmente como barbeiro. Este animal de hábito noturno se alimenta, exclusivamente, do sangue de vertebrados endotérmicos. Vive em frestas de casas de pau-a-pique, camas, colchões, depósitos, ninhos de aves, troncos de árvores, dentre outros locais, sendo que tem preferência por locais próximos à sua fonte de alimento.

Ao sugar o sangue de um endotérmico com a doença, este inseto passa a carregar consigo o protozoário. Ao se alimentar novamente, desta vez de uma pessoa saudável, geralmente na região do rosto, ele pode transmitir a ela o parasita.

Este processo se dá em razão do hábito que este tem de defecar após sua refeição. Como, geralmente, as pessoas costumam coçar a região onde foram picadas, tal ato permite com que os parasitas, presentes nas fezes, penetrem pela pele. Estes passam a viver, inicialmente, no sangue e, depois, nas fibras musculares, principalmente nas da região do coração, intestino e esôfago.

A transfusão de sangue contaminado e transmissão de mãe para filho, durante a gravidez, são outras formas de se contrair a doença. Recentemente descobriu-se que pode ocorrer a infecção oral: são os casos daquelas pessoas que adquiriram a doença ao ingerirem caldo de cana ou açaí moído contendo, acidentalmente, o inseto. Acredita-se que houve, nestes casos, invasão ativa do parasita, via aparelho digestivo.

Cerca de 20 dias após a sua primeira - e última - cópula, a fêmea libera, aproximadamente, 200 ovos, que eclodirão em mais ou menos 25 dias. Após o nascimento, estes pequenos seres sofrerão em torno de cinco mudas até atingirem o estágio adulto, formando novas colônias.

Febre, mal estar, falta de apetite, dor ganglionar, inchaço ocular e aumento do fígado e baço são alguns sintomas que podem aparecer inicialmente (fase aguda), embora existam casos em que a doença se apresenta de forma assintomática.

Em quadro crônico, o mal de Chagas pode destruir a musculatura dos órgãos atingidos, provocando o aumento destes, de forma irreversível.

O diagnóstico é feito via exame de sangue e consiste na busca do parasita no material coletado. O tratamento, visando à eliminação dos parasitas, é satisfatório apenas no estágio inicial da doença, quando o tripanossoma ainda está no sangue. Na fase crônica, a terapêutica se direciona para o controle de sintomas, evitando maiores complicações.

O controle populacional do barbeiro é a melhor forma de prevenir a doença de Chagas.

Por Mariana Araguaia
Equipe Brasil Escola

Doença de Chagas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

oftamogoringolarincologista
Classificação e recursos externos
Trypanosoma cruzi crithidia.jpeg
Fotomicrografia do Trypanosoma cruzi
CID-10 B57
CID-9 086
MedlinePlus 001372

A doença de Chagas, mal de Chagas ou chaguismo, também chamada tripanossomíase americana, é uma infecção causada pelo protozoário cinetoplástida flagelado Trypanosoma cruzi[1], e transmitida por insetos, conhecidos no Brasil como barbeiros, ou ainda, chupança, fincão, bicudo, chupão, procotó, (da família dos Reduvídeos (Reduviidae), pertencentes aos gêneros Triatoma, Rhodnius e Panstrongylus. Trypanosoma cruzi é um membro do mesmo gênero do agente infeccioso africano da doença do sono e da mesma ordem que o agente infeccioso da leishmaniose, mas as suas manifestações clínicas, distribuição geográfica, ciclo de vida e de insetos vetores são bastante diferentes.


Os sintomas da doença de Chagas podem variar durante o curso da infecção. No início dos anos, na fase aguda, os sintomas são geralmente ligeiros, não mais do que inchaço nos locais de infecção. À medida que a doença progride, durante até vinte anos, os sintomas tornam-se crônicos e graves, tais como doença cardíaca e de intestino. Se não tratada, a doença crônica é muitas vezes fatal. Os tratamentos medicamentosos atuais para o tratamento desta doença são pouco satisfatórios, com os medicamentos com significativo efeito colateral, muitas vezes, ineficazes, em especial na fase crônica da doença.

== História == A história da descoberta da doença de Chagas tem início em 1902[2], quando o jovem estudante da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, Carlos Chagas, foi interpelado por Miguel Couto a frequentar o órgão de pesquisa Instituto Soroterápico, criado em 1900 pelo Barão de Pedro Afonso[2].

No ano de 1907, Carlos Chagas, solicitado agora por Oswaldo Cruz, segue para Estrada de Ferro Central do Brasil, em um pequeno vilarejo chamado Lassance, localizado ao norte de Minas Gerais, para controlar o surto de malária entre operários[2]. Em 1903, escolhera "These Inaugural", com o tema "Estudos hematológicos no impaludismo" e uma monografia, em 1906, "Prophylaxia do Impaludismo"[2], em que já alertava a "destruição domiciliária dos culicídios alados" como medida para controlar a malária[2].

Descoberta em 1909 pelo médico brasileiro Carlos Chagas, a doença não foi vista como problema até à década de '60. Estudos desenvolvidos pelo Instituto Oswaldo Cruz no município de Bambuí, Minas Gerais, possibilitaram dimensionar a moléstia como problema de saúde pública. O nome de Tripanossoma cruzi ao agente causador foi dado por Chagas em homenagem ao epidemiologista Oswaldo Cruz.

Na Argentina, a doença é chamada oficialmente Mal de Chagas-Mazza, em homenagem ao médico argentino Salvador Mazza, que em 1926 começou a estudar a enfermidade e com os anos transformou-se no principal estudioso da doença naquele país.

Uma passagem do diário de Charles Darwin levou à suposição de que ele sofresse da doença de Chagas, em consequência da picada de um inseto, e esta seria a causa do declínio de sua saúde depois da viagem no Beagle. Testes feitos com técnicas PCR em seus restos mortais foram improfícuos.

Um dos centros de excelência da pesquisa médica em doença de Chagas é a Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto, onde nos anos 50 o Dr. Fritz Köberle demonstrou que os amastigotos destroem os neurônios do sistema nervoso autônomo no intestino e no coração.

a doença de chagas,mal de chagas ou chaguismo,tambem chamada tripanossomiase americana,é uma infecção causadapelo protozoário..

Índice

[esconder]

[editar] Epidemiologia e distribuição geográfica

Mapa da incidência da doença de Chagas

Estima-se que existam até 18 milhões de pessoas com esta doença, entre os 100 milhões que constituem a população de risco, distribuída por 18 países americanos. Dos infectados, cerca de 20 000 morrem a cada ano.

A doença de Chagas crônica é um problema epidemiológico apenas em alguns países da América Latina, mas a migração crescente de populações aumentou o risco de transmissão por transfusão de sangue até mesmo nos EUA, e têm surgido casos da doença em animais silvestres até à Carolina do Norte.

Distribuída pelas Américas desde os EUA até a Argentina, atinge principalmente as populações rurais pobres. As casas pobres, com reboco defeituoso e sem forro, são habitat para o inseto barbeiro, que dorme de dia nas rachaduras das paredes e sai à noite para sugar o sangue da pessoas que dormem, geralmente no rosto ou onde a pele é mais fina. Os casos nos EUA de origem endémica (e não em imigrantes) são raríssimos, devido ao maior afastamento das casas dos animais e do menor número de locais dentro das casas onde os insectos possam se reproduzir.

A doença afecta muitos outros vertebrados além do Homem: cães, gatos, roedores, tatus e gambás podem ser infectados e servir de reservatório do parasita

[editar] Transmissão

Triatoma infestans, um dos insectos barbeiros transmissores da doença de Chagas

O barbeiro se infecta ao sugar o sangue de um organismo infectado. No intestino do vetor, o tripomastigoto se transforma em epimastigoto que então se reproduz. O tripomastigoto não se reproduz. O homem por sua vez, é afectado pelas fezes ou urina contaminadas do Triatomíneo (barbeiro no Brasil) pois enquanto suga o sangue defeca nesse mesmo local.

A infestação também pode ser por transfusão de sangue ou transplante de órgãos, ou por via placentária.

A recente notícia de uma forma alternativa, oral, de infecção, abre um campo de pesquisa ainda não explorado sobre novas formas de infestação. No entanto esta forma de transmissão é, quase certamente, rara. Embora exista uma descrição de megaesôfago por T. cruzi em Santa Catarina em 2003[3], não há evidência de infestação oral. Em SC, o T. cruzi, apesar de encontrado na proporção de 21 a 45% em um de seus reservatórios naturais, o gambá (Didelphis marsupialis), existe nesta espécie sob uma forma menos infectante que a encontrada em Minas Gerais, onde a doença de Chagas é endêmica. Há ainda casos recentes no Pará que podem estar ligados ao consumo de açaí, estão sendo pesquisados para comprovar essa ligação, pois a fruta pode ser tirada junto com o inseto transmissor e o preparo do alimento talvez não seja seguro[4].

O coito é uma forma de transmissão nunca comprovada na espécie humana. Já foram encontrados tripomastigotas em menstruação de mulheres com chagas e esperma de cobaios infectados.[5]

[editar] Sinais e sintomas

Criança com chagoma característico no olho direito e edema da pálpebra: o sinal de Romaña

A doença tem uma fase aguda, de curta duração, que em alguns doentes progride para uma fase crônica.

A fase aguda é geralmente assintomática, e tem uma incubação de uma semana a um mês após a picada. No local da picada pode-se desenvolver uma lesão volumosa, o chagoma, local eritematosa (vermelha) e edematosa (inchada). Se a picada for perto do olho é frequente a conjuntivite com edema da pálpebra, também conhecido por sinal de Romaña. Outros sintomas possíveis são febre, linfadenopatia, anorexia, hepatoesplenomegalia, miocardite brandas e mais raramente também meningoencefalite. Entre 20 a 60% dos casos agudos se transformam, em 2 a 3 meses, em portadores com parasitas sanguíneos continuamente, curando-se os restantes. No entanto, em todos os casos param os sintomas após cerca de dois meses. Muitos mas não todos os portadores do parasita desenvolvem sintomas devido à doença crônica.

O caso crônico permanece assintomático durante dez a vinte anos. No entanto neste período de bem-estar geral, o parasita está a reproduzir-se continuamente em baixos números, causando danos irreversíveis em órgãos como o sistema nervoso e o coração. O fígado também é afectado mas como é capaz de regeneração, os problemas são raros. O resultado é apenas aparente após uma ou duas décadas de progressão, com aparecimento gradual de demência (3% dos casos iniciais), cardiomiopatia (em 30% dos casos), ou dilatação do trato digestivo (megaesófago ou megacólon (6%), devido à destruição da inervação e das células musculares destes órgãos, responsável pelo seu tónus muscular. No cérebro há frequentemente formação de granulomas. Neste estágio a doença é frequentemente fatal, mesmo com tratamento, geralmente devido à cardiomiopatia (insuficiência cardíaca). No entanto o tratamento pode aumentar a esperança e qualidade de vida (ver mais abaixo secção sobre tratamento).

Há ainda infrequentemente casos de morte súbita, quer em doentes agudos quer em crónicos, devido à destruição pelo parasita do sistema condutor dos batimentos no coração ou danos cerebrais em áreas críticas.

[editar] Diagnóstico

O diagnóstico pode ser:

  1. Microscópico, buscando o parasita no sangue do paciente, o que é possível apenas na fase aguda após cerca de 2 semanas depois da picada. Detecta mais de 60% dos casos nesta fase.
  2. Xenodiagnóstico, onde o paciente é intencionalmente picado por barbeiros não contaminados e, quatro semanas depois, seu intestino é examinado em busca de parasitas; ou pela inoculação de sangue do doente em animais de laboratório e verificação se desenvolvem a doença aguda.
  3. Detecção do DNA do parasita por PCR (reação em cadeia da polimerase).
  4. Detecção de anticorpos específicos contra o parasita no sangue. É útil nos casos crónicos mas a distinção entre estes e as curas é difícil.

[editar] Tratamento

Na fase inicial aguda, a administração de fármacos como nifurtimox, alopurinol e Benzonidazol curam completamente ou diminuem a probabilidade de cronicidade em mais de 80% dos casos.

A fase crônica é incurável, já que os danos em órgãos como o coração e o sistema nervoso são irreversíveis. Tratamento paliativo pode ser usado.

Segundo a DNDi, o mal de Chagas, juntamente com a doença do sono e a leishmaniose, está entre as doenças "extremamente negligenciadas", basicamente em razão da extrema pobreza dos pacientes - que, assim, estão fora do mercado da indústria farmacêutica.

[editar] Prevenção ou Profilaxia

Ainda não há vacina para a prevenção da doença[6]. A prevenção está centrada no combate ao vetor, o barbeiro, principalmente através da melhoria das moradias rurais a fim de impedir que lhe sirvam de abrigo. A melhoria das condições de higiene, o afastamento dos animais das casas e a limpeza frequente das palhas e roupas são eficazes.

Basicamente, a prevenção se dá pela eliminação do vetor, o barbeiro, por meio de medidas que tornem menos propício o convívio deste próximo aos humanos, como a construção de melhores habitações, pois este inseto vive nas frestas das casas de pau-a-pique, ninhos de pássaros, tocas de animais, casca de troncos e sob pedras.

O uso do insecticida extremamente eficaz mas tóxico DDT está indicado em zonas endémicas, já que o perigo dos insectos transmissores é muito maior.


Referências

  1. Fundação Oswaldo Cruz Acessado em 2 de maio de 2008
  2. a b c d e NEVES, BRENER, Zigman. A descoberta (Homenagem aos 80 anos da descoberta da Doença de Chagas). Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, v.84, p.1-6, nov. 1989.
  3. [1]
  4. Jornal O Liberal 22.08.2007
  5. NEVES. David Pereira. Parasitologia Humana. São Paulo:Atheneu, 2000.
  6. Claudia Antonia Ussui, Rubens Antonio da Silva (2001). Doença de Chagas. Página visitada em 2008-01-09.

[editar] Bibliografia

[editar] Leituras

  • Brener, Z., Andrade, Z. e M Barral-Neto (eds.). Trypanosoma cruzi e doença de Chagas, 2.ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Ed., 2000.
  • Dias, J.C.P. & Coura, J.R. (eds.). Clínica e Terapêutica da Doença de Chagas: um manual para o clínico geral. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 1997.
  • Gontijo, E.D. e Rocha, M.°C. (eds.).Manejo clínico em doença de Chagas. Brasília: Fundação Nacional de Saúde, Ministério da Saúde, 1998.
  • Storino, R. & Milei, J. (eds.).Enfermedad de Chagas. Buenos Aires: Doyma Argentina, 1994.

[editar] Ligações externas

Agradeço às fontes de pesquisa da internet. Se naquela época, 1971 eu tivesse toda esta gama de informações minha vida não teria este capítulo nebuloso.

Hoje aprendi muito sobre tudo que me aconteceu e culpo a mim mesma que me encolhi , desisti de viver e dei oportunidade para que as pessoas tivessem pena de mim. Mesmo amando o meu bebê que já estava quase nascendo, fiz muita chantagem emocional ao meu marido implorando que ele me desse um pouco de atenção. Na verdade eu queria mesmo era a compaixão dele...